ENSAIO ONDE SE QUESTIONA A LÓGICA MATERIALISTA A PARTIR DE UMA VISÃO QUÂNTICA DO MUNDO.
“Para terminar nosso estudo resta estabelecer ainda uma última ficção, um engano fundamental. Todas as interpretações, toda psicologia, todas as tentativas de tornar as coisas compreensíveis se fazem por meio de teorias, mitologias, de mentiras; e um autor honesto não deveria furtar-se, no fecho de uma exposição, a dissipar essas mentiras dentro do possível. Se digo “acima” ou “abaixo”, isso já é uma afirmação, que exige um esclarecimento. Pois só existem acima e abaixo, no pensamento, na abstração. O mundo mesmo não conhece nenhum acima nem abaixo”. [O Lobo da Estepe, Hermann Hesse]
Aquilo em que você acredita, torna-se o fator dominante da sua lógica conclusiva, é o seu leito de Procusto, a teia de enredamento que pode transformá-lo de gênio em simples imbecil, a acreditar em bobagens, visões de mundo desprovidas de racionalidade. É isso que tem feito alguns cientistas, antes considerados vanguarda, transformarem-se em reacionários proselitistas de uma ordem caduca, cuja existência não tem mais sentido.
Desde “A Grande Síntese”, magistral obra de Pietro Ubaldi que, para mim, o Materialismo perdeu a razão lógica da sua existência. Juntem-se a isso as evidências lógicas da Física Quântica, a demonstrar a inconsistência da matéria como fator de explicação do mundo e das coisas existentes nele.
O mundo mesmo, aquilo que percebemos como matéria, não passa de uma configuração eletrônica que nos dá a sensação de consistência e materialidade. Sensações essas, causadas pelas informações emitidas por efeito dos modos de existir das partículas subatômicas no centro das coisas. São bits de informações, ondas quânticas que formam a malha consciencial de tudo. São os elétrons, os elementos principais responsáveis pela configuração dos mundos e pelas adequações das formas conscienciais implicadas dentro desses mundos. Questionar a possibilidade existencial de mundos paralelos, de consciências extracorpóreas e outras possibilidades consideradas ‘ficções científicas’ é desconhecer as infinitas possibilidades eletrovivenciais, que formam as ondas configurativas daquilo que entendemos como Universo.
Haverá um tempo em que a teoria Materialista passará a fazer parte de um museu de excentricidades, de curiosidades históricas, tais quais as teorias da terra como centro do universo, terra plana e sobre patas de elefantes etc. A lógica materialista é logica de senso comum, infantilismo difícil de desapegar; isto, pois, requereria uma mudança de paradigma que levasse o ser a ver de forma a partir do sentimento para o pensamento, do sutil para a matéria densa, do noúmeno para o fenômeno, do abstrato para o concreto. Mas é e será sempre muito difícil o ser ultrapassar suas próprias limitações. Neste sentido o grande filósofo grego, Protágoras, baseado no pensamento de Heráclito, acertou em cheio quando disse que o homem é a medida de todas as coisas. Uma verdade sintética compreendida por poucos, de uma beleza cristalina que só um gênio de tamanha estirpe tem o poder de revelar. Um pensamento que mostra que o homem (o ser humano como indivíduo) é e será sempre um enredado dentro de suas próprias crenças. Que a capacidade de medir é sempre uma coisa mental, restrita a quem está medindo, portanto, uma incompetência manifestada pelo limite da competência a que chegou tal indivíduo. Há sempre a possibilidade de se ir muito além, de se ver o mistério por dentro das coisas, de se poder sentir sem os ditames da lógica que engessa a consciência. Mas, inadvertidamente o homem é um ser que se compromete, que busca <coerências>, que tem um medo assustador de perder suas próprias convicções, daí se agarrar feito náufrago aos preceitos de ‘livros sagrados’, religiões salvadoras, quinquilharias científico-filosóficas e tudo mais, como forma de exorcizar a solidão que o acompanha insistentemente, ao longo da vida. Como medida de todas as coisas o homem é sempre um limite de si mesmo, é sempre um fio de navalha entre uma incompetência manifestada e uma potencializada competência a ser atingida. É, portanto, um ser incompleto entre o que é e o que deveria estar sendo, no momento.
É por ser a medida de todas as coisas, que o homem torna-se incapaz de ver o óbvio. O que se acredita previamente vira o fator limitante que aliena o resultado final das conclusões. O eu só pode chegar até onde ele acredita possível. É a minha própria mente a faculdade de conhecer o mundo e as coisas. Não há como chegar lá pela mente alheia. Eu precisaria entender o que o outro está querendo comunicar, para que a minha própria mente assimile o resultado final da comunicação. Eu sou o limite! É preciso uma prontidão, um discernimento, uma prontidão mental para se reconhecer e apreciar o resultado final daquilo que está sendo comunicado, sobre e além do que nunca fomos capazes de pensar, de intuir, de sentir como verdade.
O Materialismo critica o Idealismo por, segundo ele, separar o que não pode ser separado; ao mesmo tempo em que e se diz a única forma verdadeira de conhecer o mundo e a coisas existentes nele, por ser ‘baseado na Ciência’; esquecendo-se de que a referida Ciência é a campeã de separabilidade, isolacionista por natureza, uma vez que tem por método isolar fenômenos para estudá-los, compreendê-los e torná-los invenções que possam ser transformadas em lucro através da comercialização. Quanto mais se especializa em torno de fenômenos isolados, mais metafisicamente vai se tornando em relação a um todo que constitui o universo e o encadeamento de suas leis.
Veja, como exemplo, a Neurociência, tentando forçadamente explicar a consciência como fenômeno isolado dentro do cérebro, esquecendo-se de que o cérebro é um órgão do corpo, a serviço do próprio corpo, a fazer parte de um sistema integrado, um microcosmo, uma unidade quântica, um fractal holográfico, cuja unidade consciência, informação e luz não admite separabilidade; sob pena de se fazer ciência, dando explicações fora da realidade.
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Um texto excelente, com uma profundidade e questionamentos fundamentais; que sinalizam um percurso crítico original e revolucionário, diante do caminho óbvio e superficial das muletas usadas pelos processos alienantes das crenças, das pseudos ciências e filosofias opressoras (deterministas).
Parabéns pelo texto ensaísta.
Gostei muito, Belo.